Abstract
A sustentabilidade do uso da agua tem implicações ambientais, tecnolóicas, económicas e sociais que imlican conservação e poupança, quer pela necessidade de considerar a convivência com a escassez, quer no que se refere à qualidade da agua. Considerando os regimes de escassez, uns devidos a causas naturais, a aridez e as secas, outros com causas antrópicas, a desertificação e a penúria, aborda-se a dinâmica dos usos, evidenciando que parte dos problemas de escassez resultam do insuficiente controlo da procura. Assim, analisam-se alguns conceitos que estão na base do uso sustentável da água, distinguindo usos e consumos, perdas e desperdícios, usos benéficos e não benéficos e formulando-se uma aproximação aos caminhos para tornar mais eficiente o uso da água em regadio, incluindo a produtividade da água. Consequentemente, propõem-se indicadores apropriados que substituam o uso generalizado do termo “eficiência”, tantas vezes mal usado e mal interpretado. Visando a conservação e poupança de água, abordam-se diversas medidas que a ambas se referem, nomeadamente educação, formação, colaboração institucional, informação e participação. Finalmente analisa-se a problemática dos impactos do “preço” da água como medida indutora de conservação e poupança em regadío , concluindo-se pela necessidade de uma abordagem diferenciada em relação com as condições produtivas a que se pretende aplicar; além disso propõe-se que o valor da água substitua o preço da água, isto é, que se valorize a água e os seus usos de uma forma completa, considerando os valores económicos em conjunto com os ambientais, sociais e culturais.